Um dia alguém resolveu apostar num jogo de realidade virtual achando que era a nova grande oportunidade de negócios na internet. Gente grande foi atrás, abriu sedes vituais, criou “ilhas”, fez festas, dancinhas… Só esqueceram de um detalhe: o usuário.

Não vejo TV, mas no G1 sempre vi vídeos que o assunto era o jogo. Não desistiam, matéria do Fantástico e Jornal Nacional, enfim era como se o produto fosse deles e a imprensa especializada foi na onda.

Um dia me peguei pensando: Quem eu conheço que usa esse Second Life? Notei que na minha primeira vida não conheço ninguém que comentasse “o que aconteceu no Second Life ontem a noite”, e por aí já dava pra saber que tinha alguma coisa errada. Depois de testar o jogo tive a certeza que do jeito que estava nunca ia virar tudo isso que estavam apostando. O jogo é complicado de usar, é preciso baixar vários MB, uma boa máquina com uma placa de vídeo decente e uma boa conexão banda larga para basicamente bater papo.

Alguns ainda continuam apostando, bom saber que a Prefeitura do Recife tem pessoas tão “antenadas” e conscientes de onde aplicar o dinheiro público. Já alguns espertos notaram o estrago e agora é só chorar o leite, ou melhor, o dinheiro derramado.

Por enquanto acho que assim como eu, a maioria está suficientemente ocupada com sua primeira vida.